Fabio Daga https://fabiodaga.com.br/ Oftalmologia Clínica | Lentes de Contato | Cirurgias Refrativas | Goiânia - Goiás Tue, 18 Jun 2019 15:47:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://fabiodaga.com.br/wp-content/uploads/2016/06/cropped-slider-item-1-32x32.png Fabio Daga https://fabiodaga.com.br/ 32 32 Curso CEROF de Topografia e Pentacam https://fabiodaga.com.br/curso-cerof-de-topografia-e-pentacam/ https://fabiodaga.com.br/curso-cerof-de-topografia-e-pentacam/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:41:49 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1979 Um imenso prazer poder falar sobre o uso e importância de novas fórmulas e parâmetros biométricos na nossa cirurgia de catarata. E uma satisfação passar aos residentes parte do meu conhecimento na área.  

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Um imenso prazer poder falar sobre o uso e importância de novas fórmulas e parâmetros biométricos na nossa cirurgia de catarata. E uma satisfação passar aos residentes parte do meu conhecimento na área.

 

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Junho Violeta – Mês de Conscientização Sobre o Ceratocone https://fabiodaga.com.br/junho-violeta-me%cc%82s-de-conscientizac%cc%a7a%cc%83o-sobre-o-ceratocone/ https://fabiodaga.com.br/junho-violeta-me%cc%82s-de-conscientizac%cc%a7a%cc%83o-sobre-o-ceratocone/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:40:18 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1936 Para a oftalmologia, o mês de junho é dedicado à conscientização sobre o ceratocone, por isso, neste Junho Violeta, o Dr. Fábio Daga respondeu algumas perguntas esclarecendo dúvidas sobre a doença. O que é ceratocone? O ceratocone é uma doença da córnea, região mais externa do globo ocular, na qual a força mecânica do tecido […]

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Para a oftalmologia, o mês de junho é dedicado à conscientização sobre o ceratocone, por isso, neste Junho Violeta, o Dr. Fábio Daga respondeu algumas perguntas esclarecendo dúvidas sobre a doença.

O que é ceratocone?

O ceratocone é uma doença da córnea, região mais externa do globo ocular, na qual a força mecânica do tecido é reduzida. Isso faz com que a córnea se deforme para a frente, gerando o formato de um “cone”. O resultado disso é um astigmatismo irregular, ou seja a córnea se torna tão irregular que os óculos não podem mais ser usados para corrigir os efeitos visuais do ceratocone de forma eficaz, embora isso ainda seja possível com o uso de lentes de contato especiais nos estágios iniciais da doença.
A córnea pode continuar a inchar e afinar na ponta, aumentando a quantidade de astigmatismo ao longo do tempo. Embora a doença já seja conhecida há mais de 150 anos, nossa compreensão do que causa o ceratocone aumentou significativamente nestes últimos anos.

Quais são os sintomas?

O principal sintoma do ceratocone é a redução da acuidade visual, que não pode ser corrigida com óculos. Nos estágios iniciais da doença, as bordas dos objetos podem parecer borradas e essa alteração é mais perceptível durante a noite. À medida que a doença progride, pode resultar em visão dupla, tripla e até quádrupla.

Quão comum é a doença?

Infelizmente muito mais comum do que se pensava anteriormente. Uma das publicações científicas mais citadas sobre ceratocone em 1986 afirma que a incidência da doença é de 1 pessoa em 2000. Esta estatística faz parecer com que o ceratocone seja uma doença “rara”. No entanto, esse estudo foi realizado usando métodos de pesquisa e instrumentos diagnósticos antigos. Na realidade, o ceratocone provavelmente é muito mais comum. Um estudo recente realizado em crianças e adolescentes estimou uma frequência de 1 em 21 pessoas, ou seja, muito maior do que se imaginava.

O ceratocone para de progredir?

Com o aumento da idade, o tecido conectivo corneal, mais especificamente o colágeno, torna-se cada vez mais rígido. Portanto, a tendência da doença, muitas vezes, é parar de progredir entre o 35o e 45o anos de vida. No entanto, também vemos pacientes

que ainda têm ceratocone ativo no final de 50 anos. Portanto, o envelhecimento diminui a probabilidade de progressão do ceratocone, mas essa probabilidade nunca será zero.

E é possível parar a progressão do ceratocone artificialmente?

Sim. O cross linking da córnea é uma operação que pode interromper a progressão doença com uma chance de sucesso superior a 90%. O cross linking é uma técnica que combina luz UV (UV-A) e riboflavina (vitamina B2) para causar uma reação fotoquímica que endurece mecanicamente a córnea, aumentando o número de ligações cruzadas no colágeno. A taxa de sucesso do procedimento é bem superior a 90%. O efeito já é detectado horas após o procedimento. O mesmo pode ser realizado em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com idade entre 6 e 60 anos. É importante procurar um oftalmologista experiente para que o diagnóstico da doença seja feito corretamente, de forma que o acompanhamento do paciente, e a hora correta da indicação do procedimento sejam feitas.

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#BRASCRS2019 Congresso da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa 2019 https://fabiodaga.com.br/brascrs2019-congresso-da-associacao-brasileira-de-catarata-e-cirurgia-refrativa-2019/ https://fabiodaga.com.br/brascrs2019-congresso-da-associacao-brasileira-de-catarata-e-cirurgia-refrativa-2019/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:35:39 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1962 Foi uma honra poder colaborar nesse evento fantástico falando sobre “Cirurgia de Catarata no Glaucoma de Ângulo Fechado” e sobre a “Importância da Anatomia e Fisiologia do Seio Camerular no uso dos Dispositivos Minimamente Invasivos de Glaucoma”! Sempre bom poder aproveitar pra rever velhos amigos dentro e fora da oftalmologia!

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Foi uma honra poder colaborar nesse evento fantástico falando sobre “Cirurgia de Catarata no Glaucoma de Ângulo Fechado” e sobre a “Importância da Anatomia e Fisiologia do Seio Camerular no uso dos Dispositivos Minimamente Invasivos de Glaucoma”! Sempre bom poder aproveitar pra rever velhos amigos dentro e fora da oftalmologia!

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XVIII Simpósio Internacional da Sociedade Brasileira de Glaucoma https://fabiodaga.com.br/xviii-simposio-internacional-da-sociedade-brasileira-de-glaucoma/ https://fabiodaga.com.br/xviii-simposio-internacional-da-sociedade-brasileira-de-glaucoma/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:18:10 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1942 Um encontro ímpar que entrou para a história, seja pelo nível técnico e tecnológico, além de programação social nota 10, onde tudo foi pensado nos mínimos detalhes! Tive o prazer de lecionar sobre o “Uso de realidade virtual no diagnóstico do glaucoma”, além de discutir em uma mesa redonda sobre novos procedimentos e o futuro […]

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Um encontro ímpar que entrou para a história, seja pelo nível técnico e tecnológico, além de programação social nota 10, onde tudo foi pensado nos mínimos detalhes! Tive o prazer de lecionar sobre o “Uso de realidade virtual no diagnóstico do glaucoma”, além de discutir em uma mesa redonda sobre novos procedimentos e o futuro cirúrgico do glaucoma. Obrigado pelo convite para participar! Sempre bom para aprender, passar um pouco da nossa experiência e encontrar amigos, colegas e professores!

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Tudo que você precisa saber sobre a Cirurgia Refrativa https://fabiodaga.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-cirurgia-refrativa/ https://fabiodaga.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-cirurgia-refrativa/#respond Mon, 25 Mar 2019 15:21:43 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1910 De acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 30% da população com menos de 40 anos de idade necessita ou necessitará de óculos para corrigir os erros de refração, que são a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. Outra solução, além do óculos, é a cirurgia refrativa corneana, que também […]

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De acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 30% da população com menos de 40 anos de idade necessita ou necessitará de óculos para corrigir os erros de refração, que são a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. Outra solução, além do óculos, é a cirurgia refrativa corneana, que também corrige esses problemas  de visão. O procedimento faz um remodelamento da córnea para ajustar o grau e criar um foco preciso em cada olho.

1. A cirurgia refrativa corneana pode ser feita em pessoas com o grau muito alto?

A cirurgia a laser até pode corrigir graus mais altos, mas, o procedimento também depende de outros fatores, como a curvatura e espessura corneana pré-operatória. Por isso, é preciso respeitar alguns limites. Nos casos em que a cirurgia refrativa corneana está contra-indicada, seja pela espessura da córnea ou alguma outra doença prévia existente na mesma como o ceratocone por exemplo, existem outras soluções para a correção do grau, como o implante de lentes fácicas. Essas consistem no implante de uma lente dentro do olho, sem a remoção do cristalino, que é a lente natural que possuimos dentro dos nossos olhos. Dessa forma o paciente ficaria também livre do uso dos óculos.

2. A cirurgia pode ser feita em pessoas com o grau baixo?

A cirurgia pode ser realizada em qualquer pessoa em que não haja contra-indicação. A necessidade de realiza-la não esta relacionado a ser um grau baixo ou alto e sim ao desejo do paciente em ser ver livre do uso de óculos. Mas, sempre é necessário avaliar cada caso.

3. A miopia, astigmatismo ou hipermetropia pode voltar depois da cirurgia?

O erro refrativo pode sim regressar após a cirurgia. Tudo no nosso corpo está em constante mudança. A curvatura da cornea por exemplo por ação da própria pálpebra sofre alteração. O interessante é que o paciente se manterá sem a necessidade do uso dos óculos por um período de 8-10 anos,e  quando o mesmo retornar será em um valor muito menor do que o existente antes da cirurgia.

4. Quais doenças oculares que impossibilitam a cirurgia?

A principal causa de contra-indicação para a cirurgia refrativa na córnea se deve a presença de alteração prévia na córnea como ceratocone e/ou outras ectasias da córnea. No entanto, como disse anteriormente nesses casos esta indicada uma cirurgia de implante de lente fácica, onde não se alterará a estrutura da córnea, já que não operaremos essa estrutura. Além disso em caso de diabetes descompensado, gravidez, ou outras doenças auto-imunes é importante que haja um controle seja das doenças ou esperar o fim da gravidez, uma vez que essas condições podem levar à um erro na medição do grau.

5. Quem tem dois problemas, como miopia e astigmatismo, pode fazer a cirurgia?

Sim, é possível corrigir dois erros de refração pela cirurgia refrativa.

 

6. Somente pessoas com mais de 18 anos podem fazer a cirurgia?

A cirurgia refrativa normalmente deve ser indicada em pacientes acima dos 21 anos, quando a possibilidade de variação da refração do grau é muito menor. Em casos específicos pode ser realizada antes.

7. A cirurgia é feita com laser?

Sim, ela é feita com laser. Em uma das técnicas se utiliza o Excimer laser, um laser de alta precisão que faz o remodelamento da córnea para a correção do grau, por meio de duas técnicas: o PRK e o LASIK, sendo que, nessa última, também é usado um segundo tipo de laser chamado femtosegundo para a confecção de um flap na córnea. A escolha da técnica dependerá da avaliação da córnea (curvatura e espessura) e grau do paciente.

Além disso no nosso hospital temos acesso ao que há de mais moderno em relação a cirurgia refrativa que é o SMILE. Nesse procedimento, através do uso de laser de femtosegundo cria-se uma lamela que consiste no exato erro refrativo apresentado pelo paciente, e ela é então removida, ficando o paciente sem nenhum grau no pós operatório.

8. A cirurgia é muito demorada? Ela causa alguma dor?

A cirurgia costuma durar menos de 10 minutos por olho e é realizada sob anestesia tópica (colírio anestésico). O tratamento efetivo com o laser para a correção do grau leva alguns poucos segundos. A cirurgia em si é indolor. No pós-operatório dos primeiros dias o paciente pode sentir algum desconforto como ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

9. Depois de quanto tempo da cirurgia eu posso voltar às minhas atividades normais?

Geralmente, é possível voltar às atividades normais depois de sete dias, mas depende da técnica utilizada na cirurgia. Quando o procedimento é feito pela técnica de PRK, o paciente costuma ter mais dor e sensibilidade à luz nos primeiros três dias e a visão demora cerca de sete dias para melhorar, quando é possível voltar às atividades rotineiras. Já quando é usada a técnica do LASIK e/ou o SMILE, o desconforto visual é menor e a recuperação visual é mais rápida, podendo ser notada já no dia seguinte à cirurgia. Em ambos os casos, a cicatrização total ocorre entre um a quatro meses, quando a qualidade visual é totalmente estabelecida.

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Dr. Fábio Daga responde as principais perguntas sobre a Catarata https://fabiodaga.com.br/dr-fabio-daga-responde-as-principais-perguntas-sobre-a-catarata/ https://fabiodaga.com.br/dr-fabio-daga-responde-as-principais-perguntas-sobre-a-catarata/#respond Fri, 08 Mar 2019 21:07:53 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1890 A Catarata é uma opacificação natural do cristalino, estrutura do olho responsável pela focagem das imagens que, quando perde a transparência, cria uma dificuldade da passagem de luz e causa a diminuição da visão. Sendo relacionada com a idade, a outras condições ou causada por outras doenças, a Catarata gera uma série de dúvidas e […]

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A Catarata é uma opacificação natural do cristalino, estrutura do olho responsável pela focagem das imagens que, quando perde a transparência, cria uma dificuldade da passagem de luz e causa a diminuição da visão.
Sendo relacionada com a idade, a outras condições ou causada por outras doenças, a Catarata gera uma série de dúvidas e perguntas em relação à condição e aos tratamentos que o Dr. Fábio Daga esclareceu e respondeu para os leitores nesta matéria.

Perguntas Frequentes sobre Catarata

Quando é o momento certo para fazer a cirurgia de catarata?

Esta é uma ótima pergunta. Costumo dizer aos meus pacientes que a indicação da cirurgia de catarata deve ser uma decisão compartilhada. Sendo a catarata constatada pelo especialista durante o exame clínico, a decisão de operar ou não vai depender muito da queixa do paciente, e não apenas do grau ou estágio da condição.

Você precisa se perguntar o seguinte:

  • Consigo enxergar bem atualmente ou não?
  • Tenho dificuldades para realizar minhas atividades diárias, como dirigir, ler, assistir tv e etc.?

Se na presença da catarata você estiver com dificuldades visuais, é o momento de realizar a cirurgia. Se não houver nenhuma dificuldade visual no momento, independente do estágio da catarata, então não é o momento de operar, e a cirurgia pode ser deixada um pouco mais para frente.

Quando realizada a remoção do cristalino, que nada mais é que a cirurgia de catarata em si, se faz necessário o implante de um lente artificial no olho. É de extrema importância que paciente e oftalmologista conversem e discutam para chegarem ao consenso, baseado nas atividades de vida diária e demandas do paciente, qual a melhor lente indicada para cada caso.

 

Portadores de diabetes podem fazer a cirurgia de catarata?

Sim. O diabético pode ser operado de catarata. A presença de diabetes inclusive é um fator de risco para o desenvolvimento desta condição.

No pré-operatório, algumas coisas são importantes:

  • Exame de fundo de olho para investigar a presença de retinopatia diabética;
  • Controle glicêmico adequado antes e no dia da cirurgia;
  • Se necessário, a retinopatia deve ser tratada (geralmente com laser) antes da cirurgia de catarata.

A cirurgia de catarata em alguns casos pode agravar a retinopatia diabética pré-existente, caso essa não seja levada em conta.

 

É aconselhável uma cirurgia de catarata em um paciente com idade avançada que perdeu a visão de um olho por glaucoma?

Para qualquer decisão sobre um caso destes, seria necessário sabermos antes algumas informações muito importantes:

  • É preciso saber o tipo de glaucoma que o paciente apresenta;
  • O glaucoma está controlado? Ou seja, qual a pressão ocular atual, quantos colírios o paciente usa e qual o nível de perda funcional do paciente?
  • Qual o estágio da catarata? Esse estágio justifica ou não parte da perda visual do paciente?
  • Idade e estado de saúde geral do paciente são pontos importantes;

A conduta vai variar na dependência das respostas às perguntas acima:

  • Pode ser que não exista indicação de cirurgia;
  • Pode ser que seja apenas necessário remover a catarata isoladamente;
  • Mas muitas vezes é preciso operar a catarata em conjunto com a cirurgia do glaucoma, em um mesmo procedimento cirúrgico.

 

Preciso fazer uma cirurgia OE facectomia com facoemulficação+implante de lente. É a mesma coisa que cirurgia para catarata?

Sim. A cirurgia de facoemulsificação (retirada do cristalino) com implante de lente intraocular é a mesma coisa que cirurgia de catarata.
Ela é feita com anestesia local e sedação e dura em torno de 20 minutos, sendo que o paciente volta para casa no mesmo dia.

 

Minha mãe tem 94 anos e há 5 foi diagnosticada com catarata. Hoje não enxerga quase nada (só vulto e de perto). Há possibilidade de se fazer a cirurgia?

A idade em si não é uma contra-indicação formal à cirurgia de catarata. É importante avaliar as condições de saúde da paciente, através de exames e avaliação médica. Caso a paciente, apesar da idade, tenha boa saúde geral, a cirurgia poderia ser realizada.
É importante também uma avaliação oftalmológica detalhada com médico especialista para avaliar o potencial de visão de cada olho e afastar a presença de outras doenças oftalmológicas, como glaucoma, doenças da retina, entre outras.

 

Há quase um ano venho enxergando tudo nublado, como se houvesse uma cortina de véu fino na minha frente.Tenho 55 anos. Pode ser por causa da idade?

É necessário procurar um oftalmologista para que uma análise mais detalhada seja realizada.

 

Faço uso de corticóide quando tenho crises por causa de uma doença auto imune desde os 16 anos. Por conta das altas dosagens fui diagnosticada com catarata subcapsular aos 36 anos. Atualmente com 39, meu olho está opaco e com manchas brancas há 3 semanas. O que fazer?

O que aconteceu no seu caso é relativamente freqüente. Entre outras coisas, o uso crônico de corticóides pode levar ao desenvolvimento de catarata (opacificação progressiva do cristalino).
A primeira coisa que seria indicada no seu caso seria uma avaliação oftalmológica completa, para afastar outras comorbidades, como glaucoma.
Uma vez confirmada a catarata deve-se avaliar, em conjunto com seu oftalmologista, qual a lente intra-ocular mais indicada para seu caso e então proceder com a cirurgia.É necessário procurar um oftalmologista para que uma análise mais detalhada seja realizada.

 

É necessário repouso após a capsulotomia a laser?

Se estivermos falando do procedimento indicado para pacientes já operados de catarata que apresentem embaçamento visual secundário a opacidade de cápsula posterior, não é necessário nenhum repouso específico.
O procedimento costuma ser relativamente rápido e indolor, sendo que a recuperação do paciente já ocorre logo nos primeiros dias.

 

Fiz a cirurgia de catarata há 5 meses e até hoje sinto um sombreamento lateral no olho esquerdo e nos últimos dias tremor na pálpebra esquerda, o que pode ser?

Existem várias causas possíveis para os sintomas que você está referindo. Parte dessas causas inclusive podem não ter relação direta com a cirurgia de catarata que você realizou.
Quanto ao “sombreamento lateral”, o ideal seria você passar por um exame oftalmológico completo, para avaliação da posição da lente intra-ocular, verificação de possível opacidade de cápsula posterior, entre outros exames.
Quanto ao tremor palpebral, normalmente é transitório e está associado a fadiga e estresse. Verifique como tem sido suas noites de sono. Caso o problema persista, exames mais específicos podem ser necessários.

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Pressão Intraocular alta pode causar Glaucoma, saiba mais sobre esse assunto. https://fabiodaga.com.br/a-pressao-intraocular-alta-pode-causar-glaucoma-saiba-mais-sobre-esse-assunto/ https://fabiodaga.com.br/a-pressao-intraocular-alta-pode-causar-glaucoma-saiba-mais-sobre-esse-assunto/#respond Thu, 21 Feb 2019 19:12:00 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1880 Quando a pressão ocular é demasiadamente alta, pode danificar o nervo ótico e causar uma doença chamada Glaucoma, que em alguns casos leva à cegueira. Como nem sempre os sintomas da pressão intraocular alta são evidentes, consultar regularmente o médico oftalmologista é importante para controlar os índices e identificar qualquer alteração. Muitas dúvidas podem surgir […]

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Quando a pressão ocular é demasiadamente alta, pode danificar o nervo ótico e causar uma doença chamada Glaucoma, que em alguns casos leva à cegueira. Como nem sempre os sintomas da pressão intraocular alta são evidentes, consultar regularmente o médico oftalmologista é importante para controlar os índices e identificar qualquer alteração.

Muitas dúvidas podem surgir quando falamos de pressão intraocular, por isso o Dr. Fábio Daga respondeu alguns questionamentos frequentes sobre este assunto.

Quais são os sintomas de pressão alta nos olhos? Isso é sinal de Glaucoma?

Infelizmente, a maior parte dos pacientes com hipertensão ocular, ou seja, pressão alta nos olhos, não apresenta qualquer sintoma. Por isso, o exame preventivo é essencial, principalmente para aqueles com histórico de glaucoma na família. Vale frisar que apenas a medida da pressão ocular no exame de rotina não é suficiente, visto que cada pessoa apresenta uma susceptibilidade diferente ao aumento da pressão ocular, ou seja, uma determinada pressão pode ser boa para uma pessoa, mas ruim para outra. Logo, é importante o exame do fundo de olho (do nervo óptico).

Por fim, em poucos casos, pode ocorrer aumento mais significativo da pressão ocular, levando a embaçamento visual, visão de halos coloridos, dor e vermelhidão nos olhos.

A pressão ocular elevada não implica diretamente em glaucoma, mas é o principal fator de risco para desenvolvimento e progressão da doença. Vale lembrar que existem outros fatores que contribuem para a ocorrência do Glaucoma. Um deles é a presença de miopia, por exemplo.

Mesmo os pacientes com glaucoma, aqueles em que a pressão elevada já lesou o nervo óptico, em sua maioria, não referem qualquer sintoma relacionado a perda do campo visual até fases mais avançadas da doença.

“Quando falamos da forma mais comum da doença (Glaucoma Primário de ângulo Aberto), os pacientes míopes apresentam um risco significativamente maior de desenvolver a doença ao longo da vida..”

Qual a pressão do olho normal, sem Glaucoma?

Geralmente, os olhos saudáveis, sem glaucoma, apresentam pressão entre 10 a 21 mmHg, e é determinada facilmente pelo médico oftalmologista com um exame chamado Tonometria.

Porém, muitos pacientes com pressão “normal”, de 16 mmHg por exemplo, podem desenvolver glaucoma. Depende da susceptibilidade de cada um. Logo, a medida da pressão dos olhos deve ser sempre feita em conjunto com o exame do nervo óptico.

“A pressão intraocular elevada não significa que existe Glaucoma necessariamente, porém é um fator de risco importante e precisa ser acompanhado periodicamente para diagnosticar sinais precoces de danos ao nervo óptico.”

Qual o valor de pressão ocular considerado glaucoma?

A pressão ocular elevada atualmente é considerada apenas um fator de risco.

Há alguns anos deixou de fazer parte da definição do glaucoma. Ou seja, existem pacientes com pressão ocular alta, mas sem dano no nervo óptico, logo, sem glaucoma. Por outro lado, muitos pacientes com pressão ocular normal ou baixa podem desenvolver glaucoma.

Enfim, só medir a pressão ocular é muito pouco. O exame adequado deve incluir a avaliação detalhada do fundo de olho (nervo óptico e camada de fibras da retina) e do campo visual (campimetria).

O que causa a pressão ocular alta?

Entre os fatores de risco do Glaucoma, a pressão intraocular elevada é a principal:

O olho produz constantemente em uma região chamada corpo ciliar um líquido conhecido como humor aquoso. Ele preenche a parte anterior do globo ocular, e sua função é nutrir as estruturas internas. Após banhar estas estruturas o líquido é drenado por canais que o desenvolvem ao sistema venoso, gerando assim um ciclo contínuo de equilíbrio entre produção e escoamento. O humor aquoso é drenado para uma região chamada ângulo da câmara anterior localizado na junção entre a íris e a córnea. Este ângulo pode ser aberto que facilita o acesso do humor aquoso às suas vias de escoamento, ou fechado quando estas vias estão anatomicamente estreitadas pela íris. Quando o escoamento torna-se menor do que a produção do humor aquoso, a pressão intraocular se eleva e passa a lesar o nervo óptico, comprometendo gradativamente a visão. Esse é o principal mecanismo de origem do Glaucoma.

Ler muito e ficar várias horas no computador pode contribuir para o aumento da pressão ocular?

Não. Até o momento, não existe nenhuma evidência sugerindo que o esforço acomodativo, processo que ocorre no interior do olho quando lemos ou usamos o computador, resulte em aumento da pressão ocular.

Beber café em excesso aumenta a pressão ocular?

Sim. Existe estudo publicado demonstrando que apenas o consumo excessivo de café pode aumentar a pressão ocular. E de maneira transitória. Não existe problema quanto ao consumo moderado.

Bebidas alcoólicas fazem mal para quem tem pressão ocular alta?

Não. Não existe evidência que correlacione o consumo moderado de bebidas alcoólicas com desenvolvimento ou progressão de Glaucoma, ou hipertensão ocular.

Na verdade, quando existe correlação, ela ocorre no sentido oposto. Existem estudos sugerindo que o consumo de bebida alcoólica causa redução da pressão ocular. Mas é importante salientar que esse efeito é transitório, e que o consumo de bebidas alcoólicas não está indicado como tratamento de Glaucoma ou de hipertensão ocular.

O que posso fazer para diminuir a hipertensão ocular?

Basicamente existem 3 alternativas para redução da pressão intraocular:

  • tratamento clínico (com colírios);
  • laser;
  • cirurgia.

Existem várias opções tanto para os colírios quanto para os procedimentos a laser ou cirúrgicos. A indicação do tratamento mais apropriado depende do tipo de glaucoma, do estágio da doença, do nível da pressão intraocular e da idade/condições clínicas do paciente.

Conheça o tratamento de Glaucoma: Link

O que eu posso fazer para não subir a pressão intraocular?

Na verdade, a primeira coisa é saber se você tem apenas pressão ocular elevada ou se já tem glaucoma (presença de lesão no nervo óptico).

Uma vez feita essa avaliação diagnóstica, é definida então a necessidade ou não de tratamento (redução da pressão ocular). O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular para evitar o desenvolvimento ou progressão da doença. Isso pode ser feito através de colírios, laser ou cirurgia.

Quem tem pressão alta ocular corre o risco de perder a visão?

Sim. Mas é importante frisar que nem toda pessoa com pressão ocular alta tem glaucoma. Essa pessoa poderia ser apenas um hipertenso ocular. E também que nem todo hipertenso ocular precisa ser necessariamente medicado.

Muitos pacientes com pressão ocular acima da média não irão desenvolver glaucoma. Isso vai depender de outros fatores de risco. Logo, é importante o exame com especialista para uma avaliação completa, pois só a medida de pressão ocular não é o suficiente, e seguimento.

Com pressão alta nos olhos pode ocorrer derrame?

Na verdade, o “derrame” (vermelhidão nos olhos que podemos observar no espelho) é uma hemorragia na região subconjuntival do globo ocular. Trata-se de uma região bem superficial do olho.

Por isso, diferentemente das hemorragias na parte interna dos olhos, esse tipo de condição não causa nenhuma complicação grave na visão do paciente. Quanto às causas, a pressão alta nos olhos não leva ao “derrame”.

As causas mais comuns dessas hemorragias são:

  • hipertensão arterial não controlada;
  • trauma ocular;
  • uso de anticoagulantes;
  • distúrbios da coagulação.

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25 coisas que você deveria saber sobre Glaucoma https://fabiodaga.com.br/25-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-glaucoma/ https://fabiodaga.com.br/25-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-glaucoma/#comments Tue, 12 Feb 2019 20:27:10 +0000 https://fabiodaga.com.br/?p=1854 O glaucoma é uma doença que causa diminuição progressiva da visão e que age de maneira silenciosa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Glaucoma é uma das maiores causas de cegueira do mundo, o que pode levantar muitas perguntas sobre esta doença. Para esclarecer este assunto, o Dr. Fábio Daga respondeu 25 perguntas muito […]

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O glaucoma é uma doença que causa diminuição progressiva da visão e que age de maneira silenciosa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Glaucoma é uma das maiores causas de cegueira do mundo, o que pode levantar muitas perguntas sobre esta doença. Para esclarecer este assunto, o Dr. Fábio Daga respondeu 25 perguntas muito importantes sobre o Glaucoma, que você pode ler logo aqui abaixo.

1 -Em casos de Glaucoma, qual médico devo procurar?

Este é o momento de buscar um profissional de sua confiança, especializado e devidamente habilitado e registrado nos respectivos conselhos de medicina e sociedades da especialidade.
O médico especialista em glaucoma pode ajudar no tratamento para estacionar a doença e até mesmo prevenir a cegueira em muitos casos.
Estima-se que 60 milhões de pessoas no mundo são acometidas de Glaucoma e destes, 4,5 milhões poderão estar cegos por causa do Glaucoma em alguns anos.

2 – O glaucoma pode cegar? O que ele provoca?

Sim, o Glaucoma se não tratado adequadamente, pode levar à perda irreversível da visão.
O Glaucoma mais frequentemente provoca uma perda progressiva do campo visual periférico, poupando a região central. Em função desse acometimento mais periférico nas fases iniciais, na maioria dos casos o surgimento do Glaucoma é silencioso e sem sintomas, o que retarda seu diagnóstico. Como essas limitações causadas pelo Glaucoma são irreversíveis, existe a necessidade de se buscar fazer o diagnóstico o mais breve possível.
Não existe garantia de não perder a visão, mesmo com o tratamento correto. Depende muito também da adesão do paciente ao tratamento.

3 – Como o Glaucoma leva à perda da visão? Após perdida, é possível recuperar?

Quando uma imagem é captada pelos olhos ela é levada pelo nervo óptico até o cérebro, onde será processada e interpretada. O Glaucoma é uma doença que danifica exatamente esta parte importante do sistema visual: o nervo óptico.
O Glaucoma se caracteriza pela perda do campo visual de forma imperceptível e, em um estágio mais avançado pode levar o paciente a visão que chamamos de visão tubular. Ou seja, apenas é possível ter uma visão central, sem perceber o que está ao redor. O Glaucoma faz com que haja a perda gradativa do campo visual, levando a cegueira.
A visão que já foi perdida por Glaucoma não pode ser recuperada, devido ao dano no nervo óptico. Porém ,quando diagnosticado a tempo, é possível controlá-lo para que a doença não avance.
“É importante que a cirurgia, quando necessária para controle da pressão ocular em casos de Glaucoma, não demore em ser indicada, pois as lesões causadas por um tratamento clínico insuficiente são impossíveis de serem recuperadas.”

4 – Qual o risco de cegueira do Implante de Prótese Antiglaucomatosa?

O risco de cegueira é baixo, e depende de uma série de fatores, como estágio da doença, pressão ocular prévia, etc.

5 – Quais os sintomas do Glaucoma? É possível diagnosticá-lo numa consulta de rotina?

O Glaucoma é uma doença crônica e, geralmente, assintomática – a pessoa não percebe que está apresentando a doença até que os efeitos do Glaucoma já tenham proporções muito avançadas e com sequelas definitivas.
Outras formas de Glaucoma, quando associados a pressão ocular muito elevada (exemplos: Glaucoma de Ângulo Fechado), podem apresentar uma dor ocular intensa com dor de cabeça, náuseas e vômitos associados. Nestes casos recomenda-se a procura por ajuda médica imediata com urgência.
Embora o Glaucoma leve à perda da visão periférica, na grande maioria dos casos isso não é percebido. Em alguns casos onde a pressão ocular está muito elevada (acima de 40-50 mmHg por exemplo), pode haver dor e embaçamento visual.
Sim, é possível diagnosticar o Glaucoma na consulta de rotina, desde que a consulta não se restrinja apenas ao exame de refração (exame para avaliação do grau).
Em uma consulta em que se avalie a pressão ocular e as condições do nervo óptico, é possível investigar a presença de Glaucoma, que muitas vezes será confirmada depois apenas com o exame de campo visual.
A importância do diagnóstico precoce do Glaucoma é iniciar o tratamento ainda nas fases iniciais da doença. No Glaucoma, busca-se a redução da pressão intraocular visando minimizar os danos irreversíveis ao nervo óptico e a perda do campo visual.

6 – Recomenda-se que os exames periódicos para identificar o Glaucoma sejam feitos anualmente a partir dos 40 anos de idade, principalmente para aqueles que fazem parte de algum dos grupos de risco para o Glaucoma.
Quais os exames para identificar o Glaucoma?

Em uma consulta de rotina, além de medir a pressão intraocular, será realizado também o exame de fundo de olho que permite a observação das estruturas internas, principalmente do nervo óptico. E quando há alterações sugestivas de Glaucoma, ou quando a pressão ocular está elevada, frequentemente é necessário realizar a campimetria. Trata-se de um exame em que o médico consegue medir o campo visual do paciente e assim pode ser constatado o Glaucoma.
“Os três exames principais para diagnóstico e acompanhamento do Glaucoma são: Avaliação da pressão Intraocular (tonometria), Exame do fundo de olho e Campimetria.”

7 – Qualquer alteração no nervo óptico indica glaucoma?

Não. Primeiramente, o glaucoma é apenas uma das diversas condições que afetam o nervo óptico. Logo, nem tudo que afeta o nervo óptico é glaucoma.
Em segundo lugar, é importante lembrar também que a aparência do nervo óptico em indivíduos normais pode variar bastante. Ou seja, muitas pessoas tem uma aparência suspeita do nervo óptico sem ter glaucoma de fato. Nesses casos, o exame de campo visual, medidas da pressão ocular e outros exames auxiliam a fechar ou afastar o diagnóstico.

8 – O médico suspeita que tenho glaucoma devido à escavação do nervo óptico. Mas por que minha pressão está sempre normal?

Existem duas condições principais que podem justificar o seu quadro clínico:
1- Você não tem glaucoma e simplesmente nasceu com uma escavação do nervo óptico maior que a média da população normal. Nesse caso, faria todo sentido você ter uma pressão ocular normal.
2 – Você pode ter um glaucoma de pressão normal. Uma parcela significativa dos pacientes com glaucoma apresenta pressões oculares dentro da faixa normal. Esses seriam olhos mais suscetíveis ao dano causado pela pressão ou pacientes em que outros fatores que não a pressão ocular poderiam levar ao dano do nervo óptico.
Exames como campimetria, paquimetria e OCT ajudam a elucidar esses tipos de casos.

9 – Quem faz parte do grupo de risco do Glaucoma?

O Glaucoma pode se desenvolver em qualquer pessoa, mas algumas estão mais predispostas:

  • idade acima dos 40 anos;
  • histórico familiar positivo;
  • raça negra;
  • alto grau de miopia;
  • pessoas que tenham sofrido traumas oculares;
  • uso prolongado de medicamentos a base de corticóides;
  • pressão intraocular elevada.

“Estima-se que 2% das pessoas acima dos 40 anos e 15% dos acima de 80 anos são portadores de Glaucoma”
“Os afro descentes com Glaucoma possuem uma chance MUITO maior de ficarem cegos em comparação com os brancos.”
“Cerca de 10% dos pacientes com hipertensão ocular vão desenvolver Glaucoma em até 5 anos.”

10 – O Glaucoma é uma doença hereditária? Existe tendência familiar de se adquirir o Glaucoma?

Sim. Quando falamos da forma mais comum da doença (Glaucoma Primário de Ângulo Aberto), os pacientes com histórico familiar positivo na família apresentam um risco pelo menos 6 vezes maior de desenvolver a doença ao longo da vida. Logo, o fator genético é importante e por isso os familiares devem passar por avaliação para diagnóstico precoce de Glaucoma.
“Um dos principais fatores de risco para o Glaucoma é a hereditariedade, ou seja, familiares que possuam a doença.”

11 – Bebês podem ter glaucoma? Qual idade se manifesta o Glaucoma?

Sim, bebês podem ter um tipo de glaucoma chamado congênito. Os problemas de desenvolvimento do globo ocular podem começar já durante a vida intra-uterina, e os sintomas podem se manifestar do nascimento até os primeiros anos de vida.
Embora o Glaucoma possa aparecer em qualquer idade, é bem mais frequente após os 50 anos, sendo que o risco de apresentar a doença aumenta progressivamente com a idade.

12 – O Glaucoma tem cura? Como prevenir?

O Glaucoma não possui cura, mas sim controle para evitar a progressão da doença e uma perda maior da visão. A partir do diagnóstico, com o início do tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico, o oftalmologista já pode controlar o Glaucoma.
Existem estudos buscando neuroproteção e até pesquisas com célula tronco, mas nada de concreto foi publicado até agora.
Por enquanto, o principal tratamento continua sendo a redução da pressão ocular (com colírios, laser ou cirurgia), visando estacionar a doença.
Na maioria da vezes existe uma tendência hereditária e não há como prevenir o aparecimento do Glaucoma. O ideal seria sempre seguir de perto aqueles com fatores de risco. O mais importante no Glaucoma é o acompanhamento. Fazer consultas de rotina para diagnosticar o Glaucoma, e eventualmente outras doenças oculares.

13 – Quais os tratamentos indicados no Glaucoma?

O tratamento do Glaucoma tem como objetivo reduzir a pressão intraocular para que as fibras nervosas remanescentes consigam manter sua função controlando a progressão da doença e prevenindo a cegueira.
O tratamento do Glaucoma pode ser realizado através de colírios, laser ou cirurgia. O oftalmologista que deve avaliar e definir qual o melhor método para cada paciente com Glaucoma.
Leia mais sobre os tratamentos para o Glaucoma

14 – É aconselhável a iridectomia para PIO (Pressão Intraocular) de 18 mmHg?

O valor da pressão ocular isoladamente não determina a indicação ou não da iridotomia. Depende da avaliação do ângulo da câmara anterior (região responsável pela drenagem do líquido da parte interna do olho), feita através do exame de gonioscopia. Se o ângulo for estreito e por isso estiver dificultando a drenagem do líquido, a iridotomia a laser pode ser necessária.
A iridectomia (ou iridotomia) é um dos mais importantes procedimentos para prevenção e tratamento do glaucoma de ângulo fechado.
Apesar de poder ser realizada de forma incisional (com cirurgia; em centro-cirúrgico), na grande maioria das vezes o procedimento é feito à laser, em ambiente ambulatorial.
Ele tem a finalidade de evitar o desenvolvimento de glaucoma crônico de ângulo fechado e também de uma possível crise aguda de aumento da pressão ocular (“Glaucoma Agudo”).
Vale frisar que o procedimento também deve ser feito nos pacientes que já tenham glaucoma de ângulo fechado (nesse caso, não como prevenção, mas sim como forma de controle da pressão ocular e da doença em si).

15 – Minha avó fez um exame de Iridectomia a laser. Horas depois ao exame ela ainda não consegue enxergar. É normal esse tipo de reação?

Na verdade, a iridectomia é um procedimento cirúrgico à laser, não um exame.
Como causa certa inflamação na parte interna dos olhos, é comum embaçamento visual nas primeiras horas. Normalmente, no dia seguinte ao procedimento, a visão já tende a voltar ao normal.
Caso a queixa da paciente persista, sugiro ligar ou retornar ao seu oftalmologista para reavaliação.

16 – É normal uma pessoa que faz tratamento de glaucoma ter vermelhidão constante nos olhos e sentir dor mesmo tratando com colírio?

Sim, essa é uma queixa relativamente comum.
Apesar do glaucoma em si raramente causar olho vermelho, as medicações utilizadas para controle da pressão ocular podem causar diversos efeitos colaterais, como vermelhidão, inchaço palpebral, sensação de areia, cílios alongados, escurecimento da região ao redor dos olhos, entre outros.
Nesse caso, pode-se avaliar a opção de troca da medicação por outra que seja mais confortável. Isso varia de paciente para paciente.
Por fim, existe opção de tratamento a laser (além das medicações) para controle da pressão ocular (exemplo: trabeculoplastia a laser), indicada para pacientes com glaucoma de ângulo aberto.

17 – O uso dosado da cannabis sativa melhora os sintomas do glaucoma? Existe também algum tipo de alimento que pode ajudar no tratamento?

Na verdade, o que o cannabis faz é reduzir um pouco a pressão ocular. Existem vários estudos deste gênero. Porém, as pesquisas mostram que essa redução é pouco duradoura.
Como no caso do glaucoma (ou da hipertensão ocular) é necessário que a pressão ocular permaneça constantemente controlada, o uso do cannabis com essa finalidade se torna inadequado.
Logo, os métodos para controle da pressão ocular continuam sendo através dos colírios, laser ou cirurgia.
Embora seja controverso, existem estudos relativamente recentes apontando o benefício de certos alimentos em doenças neurodegenerativas.
Parte desses estudos mostrou que o resveratrol, polifenol encontrado nos vinhos e uvas, e a curcumina, antioxidante encontrado no açafrão, poderiam ter algum benefício em casos de glaucoma.
O resveratrol comprovadamente diminui a morte das células do trabeculado, região que drena o líquido da parte interna dos olhos. Com o menor comprometimento da drenagem, a pressão ocular seria menos afetada e seria mais fácil controlar o glaucoma.

18 – Qual é a diferença entre o glaucoma de ângulo fechado e glaucoma de ângulo aberto? Qual é o mais perigoso?

De um modo geral, o glaucoma de ângulo fechado ocorre mais comumente em olhos menores, hipermetropes, onde a íris acaba se estendendo sobre a região de drenagem do olho (chamada de ângulo), impedindo a passagem do humor aquoso pela malha trabecular (estrutura similar à um ralo, por onde o líquido passa). Isso leva ao aumento da pressão ocular e comprometimento do nervo óptico (glaucoma).
No glaucoma de ângulo aberto, a drenagem está comprometida por uma disfunção da malha trabecular, sem interferência da íris (nesse caso, o ângulo então está aberto).
O glaucoma de ângulo fechado é menos frequente que o de ângulo aberto, mas tem um prognóstico pior (maior risco de cegueira). Vale frisar que o tratamento varia de acordo com o tipo de glaucoma do paciente. Por exemplo, enquanto olhos com glaucoma de ângulo fechado devem ser submetidos a iridotomia a laser, o mesmo procedimento não se faz necessário em olhos com ângulo aberto.

19 – Qual o percentual de sucesso em cirurgia de glaucoma?

Na cirurgia convencional (trabeculectomia) as taxas de sucesso em média ficam ao redor de 80% ao final de um ano. Sucesso nesse caso significa conseguir manter a pressão ocular controlada adequadamente.
Vale frisar que esses resultados são baseados em médias e variam bastante de paciente para paciente, na dependência de diversos fatores como idade, cirurgias prévias, tipo de glaucoma, uso correto da medicação no pós-operatório e etc…
Logo, as chances de sucesso devem ser individualizadas para cada caso.

20 – Quem já foi operado de glaucoma pode operar de novo devido ao aumento da pressão?

Sim. Desde que seja necessário. Ou seja, desde que a pressão ocular não esteja adequadamente controlada com o tratamento clínico (colírios).
Vale a pena frisar que o objetivo da cirurgia para glaucoma é apenas reduzir a pressão ocular. Não implica em restauração da função visual ou em cura do glaucoma.
Quanto ao tipo de abordagem cirúrgica, o seu especialista em glaucoma irá decidir qual a melhor forma. Inclusive, o mesmo tipo de cirurgia realizado anteriormente (na primeira cirurgia) pode ser repetido se for necessário.

21 – Fiz a cirurgia de Glaucoma de Ângulo Aberto (trabeculotomia). Terei restrições?

Após a alta médica, as principais restrições para alguém que operou de cirurgia de glaucoma (trabeculectomia) são:

  • evitar trauma ocular, principalmente na parte superior dos olhos;
  • durante os primeiros meses principalmente, evitar atividades que envolvam carregar muito peso;
  • não coçar o olho operado
  • Não deixar de fazer acompanhamento com seu médico, uma vez que a cirurgia controla a pressão ocular, mas o glaucoma continua.

Mas, de qualquer forma, tire suas dúvidas diretamente com o médico que realizou a cirurgia.

22 – Existem riscos em relação à cirurgia de catarata para portadores de glaucoma que fazem uso diário de colírios?

Na maior parte dos casos, o uso crônico de colírios hipotensores (medicações para redução da pressão ocular) não acarreta nenhum grande risco adicional ao paciente que se submete a cirurgia de catarata.
A exceção seria em relação a um tipo específico de medicação para glaucoma: os análogos de prostaglandina. Pacientes em uso desse tipo de colírio apresentam maior risco para edema macular (acúmulo de líquido na região central da retina) após a cirurgia de catarata. Logo, o uso desse tipo de medicação deve ser interrompido no período que antecede a cirurgia.

23 – Um idoso de 90 anos com glaucoma avançado tem tratamento?

O tratamento e acompanhamento periódico do paciente com glaucoma sempre é necessário, independente do estágio da doença e da idade do paciente.
Muitas vezes, em casos mais avançados, é importante um acompanhamento ainda mais de perto, sendo que, em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para controle da pressão ocular e estabilização do quadro.

24 – Tenho glaucoma, posso usar colírios/pomadas à base de corticóides?

Os corticóides podem levar a um aumento significativo da pressão ocular em aproximadamente 25% das pessoas.
Essa frequência é ainda maior nos pacientes com glaucoma.
Por isso, sempre que possível, é bom que não seja prescrito para pacientes com glaucoma. Caso seja muito importante usá-lo por algum motivo específico, a pressão ocular deve ser monitorada de perto pelo seu médico.

25 – Qual o preço da cirurgia de Glaucoma?

O preço é um item importante na hora de decidir por realizar o seu tratamento ou diagnosticar uma possível doença, e os honorários médicos podem variar de acordo com a experiência do profissional, além da região e estrutura hospitalar que será utilizada.
Os benefícios de um tratamento de prevenção ou controle do Glaucoma são imensos, por isso o “caro” é perder a visão. Hoje é possível escolher formas de pagamento negociadas diretamente com o médico e facilitadas de acordo com o profissional.
O custo/preço do tratamento do Glaucoma incluem geralmente:

  • Honorários de consulta;
  • Gastos com honorários do cirurgião e centro cirúrgico se necessário;
  • Exames;
  • Consultas de seguimento

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