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Junho Violeta – Mês de Conscientização Sobre o Ceratocone

Para a oftalmologia, o mês de junho é dedicado à conscientização sobre o ceratocone, por isso, neste Junho Violeta, o Dr. Fábio Daga respondeu algumas perguntas esclarecendo dúvidas sobre a doença.

O que é ceratocone?

O ceratocone é uma doença da córnea, região mais externa do globo ocular, na qual a força mecânica do tecido é reduzida. Isso faz com que a córnea se deforme para a frente, gerando o formato de um “cone”. O resultado disso é um astigmatismo irregular, ou seja a córnea se torna tão irregular que os óculos não podem mais ser usados para corrigir os efeitos visuais do ceratocone de forma eficaz, embora isso ainda seja possível com o uso de lentes de contato especiais nos estágios iniciais da doença.
A córnea pode continuar a inchar e afinar na ponta, aumentando a quantidade de astigmatismo ao longo do tempo. Embora a doença já seja conhecida há mais de 150 anos, nossa compreensão do que causa o ceratocone aumentou significativamente nestes últimos anos.

Quais são os sintomas?

O principal sintoma do ceratocone é a redução da acuidade visual, que não pode ser corrigida com óculos. Nos estágios iniciais da doença, as bordas dos objetos podem parecer borradas e essa alteração é mais perceptível durante a noite. À medida que a doença progride, pode resultar em visão dupla, tripla e até quádrupla.

Quão comum é a doença?

Infelizmente muito mais comum do que se pensava anteriormente. Uma das publicações científicas mais citadas sobre ceratocone em 1986 afirma que a incidência da doença é de 1 pessoa em 2000. Esta estatística faz parecer com que o ceratocone seja uma doença “rara”. No entanto, esse estudo foi realizado usando métodos de pesquisa e instrumentos diagnósticos antigos. Na realidade, o ceratocone provavelmente é muito mais comum. Um estudo recente realizado em crianças e adolescentes estimou uma frequência de 1 em 21 pessoas, ou seja, muito maior do que se imaginava.

O ceratocone para de progredir?

Com o aumento da idade, o tecido conectivo corneal, mais especificamente o colágeno, torna-se cada vez mais rígido. Portanto, a tendência da doença, muitas vezes, é parar de progredir entre o 35o e 45o anos de vida. No entanto, também vemos pacientes

que ainda têm ceratocone ativo no final de 50 anos. Portanto, o envelhecimento diminui a probabilidade de progressão do ceratocone, mas essa probabilidade nunca será zero.

E é possível parar a progressão do ceratocone artificialmente?

Sim. O cross linking da córnea é uma operação que pode interromper a progressão doença com uma chance de sucesso superior a 90%. O cross linking é uma técnica que combina luz UV (UV-A) e riboflavina (vitamina B2) para causar uma reação fotoquímica que endurece mecanicamente a córnea, aumentando o número de ligações cruzadas no colágeno. A taxa de sucesso do procedimento é bem superior a 90%. O efeito já é detectado horas após o procedimento. O mesmo pode ser realizado em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com idade entre 6 e 60 anos. É importante procurar um oftalmologista experiente para que o diagnóstico da doença seja feito corretamente, de forma que o acompanhamento do paciente, e a hora correta da indicação do procedimento sejam feitas.

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